11.11.2012

GREVE GERAL - 14 NOVEMBRO ESPANHA E PORTUGAL: OS MESMOS ROUBOS, A MESMA LUTA!

AIT-SP e a CNT-AIT apelam conjuntamente à participação de todos os trabalhadores ibéricos, com ou sem trabalho, na greve geral de 14 de Novembro, porque em ambos os países:

- governos e patronato recorrem a medidas de austeridade com o pretexto do combate à “crise”, que são autênticos roubos e intensificação da exploração da classe trabalhadora e aos sectores da população mais fragilizados;

- os governos sobem os impostos aos trabalhadores, diminuem-lhes os salários e reduzem direitos conquistados no passado com as suas lutas;

- os governos cortam nas pensões, nos subsídios de desemprego e nos vários apoios sociais, pagos de antemão pelos trabalhadores com os seus descontos, passando-se o mesmo tanto na saúde como na educação, em benefício sempre dos mesmos: o capital financeiro e o patronato em geral;


- os bancos recebem apoio financeiro do Estado enquanto as pessoas são obrigadas a entregar as suas casas aos bancos; o desemprego atinge mais de cinco milhões de pessoas em Espanha e cerca de um milhão em Portugal e a maioria da população enfrenta diariamente uma vida de pobreza e exploração;

- a economia capitalista e o Estado favorecerão sempre o patronato e os ricos, porém são os trabalhadores os verdadeiros produtores da riqueza social.

Somente a classe trabalhadora tem a capacidade de paralisar a economia de forma a fazer com que os governos cedam aos interesses da população explorada e oprimida. Para isso temos de ser capazes de ir mais além de paragens de 24 horas isoladas no tempo, mais além da paralisação pontual da actividade nas indústrias e sectores tradicionais, de encontrar formas de interromper todo o processo de produção e consumo, de incorporar na mobilização o conjunto da classe trabalhadora, por mais precarizada e dividida que esta esteja. Ganhar a capacidade de fazer o maior dano possível aos interesses económicos da elite empresarial e financeira é o objectivo principal da greve geral. 

A greve geral deve também ser um passo para a autogestão, ou seja, para consciencialização de que a classe trabalhadora possui a capacidade para recuperar o controlo sobre a economia e para repartir com justiça a riqueza produzida, através de processos de participação directa e assembleária.

A AIT-SP e a CNT-AIT, como organizações anarco-sindicalistas que são, praticam um sindicalismo independente e revolucionário, de acção directa e apoio-mútuo, rejeitando a colaboração de classes e qualquer apoio do Estado e do capitalismo. Participamos na jornada de mobilização internacional de 14 de Novembro juntamente com as demais secções da Associação Internacional dos Trabalhadores, que luta pela construção de uma sociedade livre e igualitária, onde todos possam viver com dignidade.

Por uma greve geral por tempo indeterminado!

Pela auto-organização e auto-emancipação dos trabalhadores!


CNT/AIT
AIT-SP

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