Mais de una centena de pessoas passaram pela sede da CNT em Villaverde Alto (Madri), onde foram expostas cerca de vinte iniciativas de âmbito libertário e autogestionário durante o fim de semana de 9 a 11 de dezembro, celebrando-se assim as I Jornadas-Conferência de Economia Libertária organizadas pela Confederação.
Projetos de Produção-Consumo- Distribuição, Cooperativas Integradas, Coletividades, Grupos de Consumo, Okupação Rural e uma quinzena de sindicatos da CNT participaram do encontro. As conclusões das mesas/áreas de debate e da Conferência de Sindicatos são o resultado das análises que desde o coletivo caracterizaram este encontro.
As Jornadas foram inauguradas por José Luis Corrales, Secretário de Ação Social do Comitê Confederal da CNT, Qoliya e Gonzalo P., membros do Grupo de Trabalho de Economia Alternativa.
Com o auditório lotado com mais de uma centena de pessoas, José L. Corrales, explicou as razões que levaram a anarcosindical a organizar tal encontro, aberto a uma multiplicidade de pontos de vista e formas de autogestão, que permitiram aos participantes e aos próprios filiados o intercâmbio de propostas alternativas às habituais relações de trabalho do capitalismo. Ressaltou a importância da Conferência Confederal de Sindicatos realizada na manhã de domingo, 11 de novembro, como primeiro passo para a articulação e coordenação dos sindicatos da CNT em torno dos acordos do X Congresso (Córdoba, dezembro 2010).
Da mesma forma, desde o Comitê Confederal agradeceu a presença e a participação de todo/ as o/as militantes que trabalharam na organização dos atos, especialmente a Federação Comarcal Sul de Villaverde pela organização do encontro nas suas instalações. Finalmente, enviou-se uma saudação de solidariedade e se dedicou estas jornadas ao pessoal da S. Sindical da CNT em ABB, em greve por tempo indeterminado desde 30 de novembro em defesa dos seus postos de trabalho.
Gonzalo Palomo apresentou os projetos inscritos nas Jornadas. O trabalho associado e a produção esteve representado pela S. Coop. Vulcano de Cáceres, S. Coop. Yérel e o jornal Diagonal de Madri e a Coop. Audiovisual de Hervás e Barcelona. O campo e as redes de produção-distribuição-consumo também estiveram presente com os/as companheiro/as da Federação de Coletividades Rurais, La Verde (Cádiz), BAH!-Valladolid, a Federação de Projetos Autogestionados (Madri), o Coletivo Café Liberdade (Hamburgo-Alemanha), Grupo de Consumo Autogestionado de Jaén (GCAJ). A Rede de Apoio Mútuo de Asturias (RAMAS), a Cooperativa Integral Catalã, Terra Viva (Porto-Portugal), Can Masdeu (Barcelona) e a Coletividade de Manzanares (Soria) constituíram a área das coletividades, de okupação rural e cooperativismo integral.
Finalmente, o companheiro Qoliya da CNT-Valladolid apresentou brevemente aos presentes o processo que a organização iniciou em dezembro passado no seu X Congresso (Córdoba), no âmbito do coletivismo e autogestão, atualizando, ampliando e reforçando os seus acordos sobre economia alternativa. Também deu uma visão geral das infra-estruturais e das redes que a CNT tem hoje em mãos para melhorar, não apenas as necessidades mais prementes da filiação, mas para usar também essas possibilidades como motor de mudança, criando projetos, acumulando experiências, investigando para criar alternativas econômicas para uma sociedade sem classes nem Estado, o comunismo libertário.
A presença internacional destacou e redimensionou a difusão e as expectativas destas I Jornadas de Economia Alternativa, contando nestes dias com a companhia e a participação ativa de companheiro/as da AIT; FAU (Berlim-Alemanha) e da Seção Portuguesa (Porto).
Posteriormente, José Luis Carretero, do Instituto de Ciências Econômicas e da Autogestão (ICEA), em sua palestra, apresentou a questão da crise em um contexto no qual a primeira frente de luta devia ser a luta contra os cortes devido a um declínio da organização obreira. “O capitalismo direciona ao econômico uma relação de poder mediante a extração de mais valia à classe trabalhadora”. Apontou também para a perda de modos de sociabilidade em geral e em particular em todo o espectro político das esquerdas, como outra das causas desta preponderância das direitas ao nível político e econômico, sugerindo que num futuro próximo se apresentará uma clara dicotomia da sociedade perante dois paradigmas em conflito: cooperação versus comando. Seguiu-se um interessante debate com intervenções que chamaram a atenção para o decrescimento, o fim do petróleo, a capacidade do capitalismo para a mutação ou sobre a crise ecológica que agrava as conseqüências do impacto do colapso financeiro de 2007 a um nível superior ao do Crack de 1929.
O primeiro dia terminou com uma performance pelas “máquinas” de Carlos e Elia, Rustuf Vegan Electric. De acordo com a filosofia vegan do grupo de música eletrônica serviu-se um lanche sem sofrimento animal, assim como o almoço e o jantar no sábado.
Na manhã de sábado começou-se com a apresentação dos coletivos inscritos antes de dar lugar às primeiras três mesas redondas em que participaram também os outros participantes: 1. Produção; 2. Consumo, habitação, finanças e moeda social; 3. Projetos de produção-distribuição-consumo: coletividades e cooperativas integradas. Destaque para as iniciativas do tipo integradas (6 de um total de 19) embora estivessem representadas em todos os setores de produção, com uma grande variedade de atividades: agricultura, metalurgia, distribuição de alimentos, informação e audiovisuais, educação social…
Após a apresentação de trabalhos e apresentações de todos os projetos deu-se lugar à 1ª Sessão dos Grupos de Trabalho e Debate. Cerca de trinta a quarenta pessoas estiveram envolvidas nas Mesas das áreas 1 e 3 e cerca de vinte na área 2. Após o almoço, também organizado no local, prosseguiu a 2ª Sessão. Os debates foram ricos na abordagem de análises autocríticas das experiências dos próprios participantes, as expectativas tiveram um lugar importante em todas as mesas, com resultados muito positivos, a satisfação e a viabilidade política e econômica de todos os projetos; do mesmo modo, a necessidade de reforçar as redes existentes foi uma constante, durante todas as sessões. Desmonetarização, moeda social, coletividade, agroecologia, autogestão e apoio mútuo foram palavras apoiadas por fatos, que tiveram um papel especial como eixos fundamentais para todo/as o/as presentes.
O exercício de reflexão coletiva e troca de pontos de vista e opiniões, resultou na resolução de conclusões a partir do consenso, destacando a afinidade coletiva nos aspectos mais importantes da definição e prática, da auto-gestão nos espaços políticos, coletivos e econômicos.
No plenário da tarde, a maioria dos porta-vozes coincidiram ao destaque a boa acolhida deste tipo de eventos como meio de troca de conhecimentos e ampliação de contatos. Além disso, nas conclusões enfatizou-se a necessidade de aumentar os laços entre os projetos autogeridos da economia alternativa, criando redes e fortalecendo as já existentes.
A cafeteria atendendo aos pedidos dos participantes,a tertúlia em todos os cantos, a troca e a aquisição de material na Feira de Projetos e Idéias, até que começou o espetáculo a cargo de Poupées Electriques, que conseguiram envolver o público na área de sons industriais e eletrônicos, ao piano, ventos e reproduções de interlúdios musicais criados pelas vanguarda musicais do início do século passado na Europa, imagens do movimento operário e do período revolucionário da CNT projetadas neste espetáculo concebido para o Centenário da Confederação.
No domingo estava programado uma palestra sobre bases da economia alternativa de acordo com o X Congresso da CNT (Córdoba, 2010), por José Angel de Valladolid, que contou com a presença de uma vintena de pessoas, enquanto dois pisos mais acima se celebrava a Conferência Confederal de Sindicatos e Filiados da CNT.
Havia representantes de quase todas as Regionais, especialmente Aragon-Rioja, Centro e Extremadura, com um total de 15 sindicatos e meia centena de anarcosindicalistas. A reunião começou com a saudação do/as companheiro/as presentes da AIT, FAU e da Seção Portuguesa. Houve discussão em torno de dois eixos principais: contatos da CNT com outras iniciativas e criação de uma rede de economia alternativa para relacionar com os vários projetos já criados no seio da Confederação por filiado/as a esta.
Apontaram-se diversas propostas, algumas já implementadas pelos sindicatos a nível local ou territorial e discutidos em profundidade os trabalhos apresentados pelos sindicatos, bem como a forma de estruturar uma rede especifica da Confederação, integrando projetos que coincidem nas questões mais básicas e importantes com os nossos princípios e táticas. O debate estava servido, o X Congresso Confederal da CNT adotou acordos sobre Economia Coletivista e Projetos Autogestionados, que sintetizando, virão definir o tom, direção e orientação dos sindicatos e da filiação no desenvolvimento e promoção de fórmulas coletivistas autogeridas que materializem uma sólida alternativa ofensiva ao capitalismo, o mercado de trabalho e o consumo. Agora é o momento para enfrentar este desafio coletivo e a Confederação tem que estar, como de costume, no momento e no lugar que lhe corresponde, criando um novo modelo social baseado e fundamentado na filosofia e prática libertária, combatendo o capitalismo a partir das suas entranhas; isto é, a partir dos centros de produção e construindo paralelamente espaços e modelos sociais que nos possibilitem quebrar a dependência ao capitalismo e às suas instituições sócio-políticas.
Toda a documentação, tanto as conferências e comunicações dos projetos, como as conclusões das mesas, irão ser editados como Memória destas I Jornadas de Economia Alternativa e dado o sucesso já se fala das do próximo ano.
Secretaria Ação Social, SP do Comitê Confederal
Grupo de Trabalho Economia Alternativa
Comissão de Imprensa e Audiovisuais
Projetos participantes
Produção
• La Verde (Cádiz). Cooperativa agroecológica.
• Vulcano S. Coop. (Cáceres). Estufas artesanais.
• Café Liberdade (Alemanha). Comércio solidário.
• Diagonal (Madrid, Santander). Jornal de atualidade crítica.
• Coop. Audiovisuais. Em criação por companheiros de Hervás (Cáceres) e Catalunha.
• Terra Viva (Portugal). Animação e educação juvenil.
• Yerel (Madri). Educação social.
• Federação de Projetos Autogestionados (Madri).
Produção-distribuição-consumo
• Rede de Apoio Mutuo das Asturias (RAMAS).
• Federação de Coletividades Rurais (Escanda, Astúrias).
• Can Masdeu (Barcelona).
• Debaixo do Asfalto está a Horta (BAH! Valladolid).
• Cooperativa Integral (Catalunha).
• Coletividade de Manzanares (Soria).
Consumo, habitação, finanças e moeda social
• Grupo de consumo autogestionado (Jaén).
• GAC de CNT (Cáceres).
• MediaHackLab Mangurria CNT (Cáceres).
• Goteo.org, crowdfunding (financiado por multitudes).
Sindicatos da CNT participantes:
Teruel, Logroño, Salamanca, Ciudad Real, Valladolid, Villaverde-Madrid, Gráficas, Espetáculos e Comunicação-Madri, Cáceres, Cáceres-Norte, Badajoz, Jaén, Córdoba, Transportes-Madri, Santander, Ofícios Vários Madri e Palma de Mallorca.
agência de notícias anarquistas-ana
Projetos de Produção-Consumo- Distribuição, Cooperativas Integradas, Coletividades, Grupos de Consumo, Okupação Rural e uma quinzena de sindicatos da CNT participaram do encontro. As conclusões das mesas/áreas de debate e da Conferência de Sindicatos são o resultado das análises que desde o coletivo caracterizaram este encontro.
As Jornadas foram inauguradas por José Luis Corrales, Secretário de Ação Social do Comitê Confederal da CNT, Qoliya e Gonzalo P., membros do Grupo de Trabalho de Economia Alternativa.
Com o auditório lotado com mais de uma centena de pessoas, José L. Corrales, explicou as razões que levaram a anarcosindical a organizar tal encontro, aberto a uma multiplicidade de pontos de vista e formas de autogestão, que permitiram aos participantes e aos próprios filiados o intercâmbio de propostas alternativas às habituais relações de trabalho do capitalismo. Ressaltou a importância da Conferência Confederal de Sindicatos realizada na manhã de domingo, 11 de novembro, como primeiro passo para a articulação e coordenação dos sindicatos da CNT em torno dos acordos do X Congresso (Córdoba, dezembro 2010).
Da mesma forma, desde o Comitê Confederal agradeceu a presença e a participação de todo/ as o/as militantes que trabalharam na organização dos atos, especialmente a Federação Comarcal Sul de Villaverde pela organização do encontro nas suas instalações. Finalmente, enviou-se uma saudação de solidariedade e se dedicou estas jornadas ao pessoal da S. Sindical da CNT em ABB, em greve por tempo indeterminado desde 30 de novembro em defesa dos seus postos de trabalho.
Gonzalo Palomo apresentou os projetos inscritos nas Jornadas. O trabalho associado e a produção esteve representado pela S. Coop. Vulcano de Cáceres, S. Coop. Yérel e o jornal Diagonal de Madri e a Coop. Audiovisual de Hervás e Barcelona. O campo e as redes de produção-distribuição-consumo também estiveram presente com os/as companheiro/as da Federação de Coletividades Rurais, La Verde (Cádiz), BAH!-Valladolid, a Federação de Projetos Autogestionados (Madri), o Coletivo Café Liberdade (Hamburgo-Alemanha), Grupo de Consumo Autogestionado de Jaén (GCAJ). A Rede de Apoio Mútuo de Asturias (RAMAS), a Cooperativa Integral Catalã, Terra Viva (Porto-Portugal), Can Masdeu (Barcelona) e a Coletividade de Manzanares (Soria) constituíram a área das coletividades, de okupação rural e cooperativismo integral.
Finalmente, o companheiro Qoliya da CNT-Valladolid apresentou brevemente aos presentes o processo que a organização iniciou em dezembro passado no seu X Congresso (Córdoba), no âmbito do coletivismo e autogestão, atualizando, ampliando e reforçando os seus acordos sobre economia alternativa. Também deu uma visão geral das infra-estruturais e das redes que a CNT tem hoje em mãos para melhorar, não apenas as necessidades mais prementes da filiação, mas para usar também essas possibilidades como motor de mudança, criando projetos, acumulando experiências, investigando para criar alternativas econômicas para uma sociedade sem classes nem Estado, o comunismo libertário.
A presença internacional destacou e redimensionou a difusão e as expectativas destas I Jornadas de Economia Alternativa, contando nestes dias com a companhia e a participação ativa de companheiro/as da AIT; FAU (Berlim-Alemanha) e da Seção Portuguesa (Porto).
Posteriormente, José Luis Carretero, do Instituto de Ciências Econômicas e da Autogestão (ICEA), em sua palestra, apresentou a questão da crise em um contexto no qual a primeira frente de luta devia ser a luta contra os cortes devido a um declínio da organização obreira. “O capitalismo direciona ao econômico uma relação de poder mediante a extração de mais valia à classe trabalhadora”. Apontou também para a perda de modos de sociabilidade em geral e em particular em todo o espectro político das esquerdas, como outra das causas desta preponderância das direitas ao nível político e econômico, sugerindo que num futuro próximo se apresentará uma clara dicotomia da sociedade perante dois paradigmas em conflito: cooperação versus comando. Seguiu-se um interessante debate com intervenções que chamaram a atenção para o decrescimento, o fim do petróleo, a capacidade do capitalismo para a mutação ou sobre a crise ecológica que agrava as conseqüências do impacto do colapso financeiro de 2007 a um nível superior ao do Crack de 1929.
O primeiro dia terminou com uma performance pelas “máquinas” de Carlos e Elia, Rustuf Vegan Electric. De acordo com a filosofia vegan do grupo de música eletrônica serviu-se um lanche sem sofrimento animal, assim como o almoço e o jantar no sábado.
Na manhã de sábado começou-se com a apresentação dos coletivos inscritos antes de dar lugar às primeiras três mesas redondas em que participaram também os outros participantes: 1. Produção; 2. Consumo, habitação, finanças e moeda social; 3. Projetos de produção-distribuição-consumo: coletividades e cooperativas integradas. Destaque para as iniciativas do tipo integradas (6 de um total de 19) embora estivessem representadas em todos os setores de produção, com uma grande variedade de atividades: agricultura, metalurgia, distribuição de alimentos, informação e audiovisuais, educação social…
Após a apresentação de trabalhos e apresentações de todos os projetos deu-se lugar à 1ª Sessão dos Grupos de Trabalho e Debate. Cerca de trinta a quarenta pessoas estiveram envolvidas nas Mesas das áreas 1 e 3 e cerca de vinte na área 2. Após o almoço, também organizado no local, prosseguiu a 2ª Sessão. Os debates foram ricos na abordagem de análises autocríticas das experiências dos próprios participantes, as expectativas tiveram um lugar importante em todas as mesas, com resultados muito positivos, a satisfação e a viabilidade política e econômica de todos os projetos; do mesmo modo, a necessidade de reforçar as redes existentes foi uma constante, durante todas as sessões. Desmonetarização, moeda social, coletividade, agroecologia, autogestão e apoio mútuo foram palavras apoiadas por fatos, que tiveram um papel especial como eixos fundamentais para todo/as o/as presentes.
O exercício de reflexão coletiva e troca de pontos de vista e opiniões, resultou na resolução de conclusões a partir do consenso, destacando a afinidade coletiva nos aspectos mais importantes da definição e prática, da auto-gestão nos espaços políticos, coletivos e econômicos.
No plenário da tarde, a maioria dos porta-vozes coincidiram ao destaque a boa acolhida deste tipo de eventos como meio de troca de conhecimentos e ampliação de contatos. Além disso, nas conclusões enfatizou-se a necessidade de aumentar os laços entre os projetos autogeridos da economia alternativa, criando redes e fortalecendo as já existentes.
A cafeteria atendendo aos pedidos dos participantes,a tertúlia em todos os cantos, a troca e a aquisição de material na Feira de Projetos e Idéias, até que começou o espetáculo a cargo de Poupées Electriques, que conseguiram envolver o público na área de sons industriais e eletrônicos, ao piano, ventos e reproduções de interlúdios musicais criados pelas vanguarda musicais do início do século passado na Europa, imagens do movimento operário e do período revolucionário da CNT projetadas neste espetáculo concebido para o Centenário da Confederação.
No domingo estava programado uma palestra sobre bases da economia alternativa de acordo com o X Congresso da CNT (Córdoba, 2010), por José Angel de Valladolid, que contou com a presença de uma vintena de pessoas, enquanto dois pisos mais acima se celebrava a Conferência Confederal de Sindicatos e Filiados da CNT.
Havia representantes de quase todas as Regionais, especialmente Aragon-Rioja, Centro e Extremadura, com um total de 15 sindicatos e meia centena de anarcosindicalistas. A reunião começou com a saudação do/as companheiro/as presentes da AIT, FAU e da Seção Portuguesa. Houve discussão em torno de dois eixos principais: contatos da CNT com outras iniciativas e criação de uma rede de economia alternativa para relacionar com os vários projetos já criados no seio da Confederação por filiado/as a esta.
Apontaram-se diversas propostas, algumas já implementadas pelos sindicatos a nível local ou territorial e discutidos em profundidade os trabalhos apresentados pelos sindicatos, bem como a forma de estruturar uma rede especifica da Confederação, integrando projetos que coincidem nas questões mais básicas e importantes com os nossos princípios e táticas. O debate estava servido, o X Congresso Confederal da CNT adotou acordos sobre Economia Coletivista e Projetos Autogestionados, que sintetizando, virão definir o tom, direção e orientação dos sindicatos e da filiação no desenvolvimento e promoção de fórmulas coletivistas autogeridas que materializem uma sólida alternativa ofensiva ao capitalismo, o mercado de trabalho e o consumo. Agora é o momento para enfrentar este desafio coletivo e a Confederação tem que estar, como de costume, no momento e no lugar que lhe corresponde, criando um novo modelo social baseado e fundamentado na filosofia e prática libertária, combatendo o capitalismo a partir das suas entranhas; isto é, a partir dos centros de produção e construindo paralelamente espaços e modelos sociais que nos possibilitem quebrar a dependência ao capitalismo e às suas instituições sócio-políticas.
Toda a documentação, tanto as conferências e comunicações dos projetos, como as conclusões das mesas, irão ser editados como Memória destas I Jornadas de Economia Alternativa e dado o sucesso já se fala das do próximo ano.
Secretaria Ação Social, SP do Comitê Confederal
Grupo de Trabalho Economia Alternativa
Comissão de Imprensa e Audiovisuais
Projetos participantes
Produção
• La Verde (Cádiz). Cooperativa agroecológica.
• Vulcano S. Coop. (Cáceres). Estufas artesanais.
• Café Liberdade (Alemanha). Comércio solidário.
• Diagonal (Madrid, Santander). Jornal de atualidade crítica.
• Coop. Audiovisuais. Em criação por companheiros de Hervás (Cáceres) e Catalunha.
• Terra Viva (Portugal). Animação e educação juvenil.
• Yerel (Madri). Educação social.
• Federação de Projetos Autogestionados (Madri).
Produção-distribuição-consumo
• Rede de Apoio Mutuo das Asturias (RAMAS).
• Federação de Coletividades Rurais (Escanda, Astúrias).
• Can Masdeu (Barcelona).
• Debaixo do Asfalto está a Horta (BAH! Valladolid).
• Cooperativa Integral (Catalunha).
• Coletividade de Manzanares (Soria).
Consumo, habitação, finanças e moeda social
• Grupo de consumo autogestionado (Jaén).
• GAC de CNT (Cáceres).
• MediaHackLab Mangurria CNT (Cáceres).
• Goteo.org, crowdfunding (financiado por multitudes).
Sindicatos da CNT participantes:
Teruel, Logroño, Salamanca, Ciudad Real, Valladolid, Villaverde-Madrid, Gráficas, Espetáculos e Comunicação-Madri, Cáceres, Cáceres-Norte, Badajoz, Jaén, Córdoba, Transportes-Madri, Santander, Ofícios Vários Madri e Palma de Mallorca.
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