O conflito da CNT-AIT na UCM se internacionaliza

Na segunda-feira passada, dia 18 de fevereiro, a Federación Obrera Argentina, aderida à Associação Internacional das/os Trabalhadoras/es, realizou um ato de protesto coincidindo com algumas atividades da Escuela Computense Latinoamericana. Respondia dessa forma a um chamado de solidariedade do Sindicato de Ensino e Intervenção Social da CNT-AIT Madri, cuja Seção Sindical na Universidad Complutense de Madri mantém desde o mês de novembro passado um conflito sindical pela contratação trabalhista dos/as bolsistas de colaboração e pela retirada do Plano de Reequilíbrio Orçamentário. Coincidindo com essa ação, uma dezena de militantes da CNT-AIT Madri se concentraram de novo em frente ao Vice-Reitorado de Estudantes e à estação de metrô Ciudad Universitaria. Entre as 14h00 e 15h30, distribuíram panfletos e explicaram por megafone o motivo da convocatória. Tampouco não faltaram as alusões à solidariedade demonstrada pela FORA-AIT, organização à qual foram dedicadas algumas palavras de agradecimento e foi enviada uma saudação afetuosa.

Quinze minutos depois de começar o piquete informativo no campus de Moncloa, vários guardas de segurança invadiram o Vice-Reitorado de Estudantes, chamados pela administradora e pelo diretor do edifício. Os guardas tentaram expulsar do edifício um membro da Seção Sindical que distribuía panfletos junto ao relógio de ponto, dizendo-lhe que estava proibido distribuir publicidade em um edifício público. O companheiro lhes lembrou de seu direito de compartilhar informação sindical e continuou com seu trabalho. Além disso, os acessos ao edifício foram fechados com chave por ordem da administradora e do diretor sem que até o momento se houvesse proporcionado uma explicação suficiente a essa Seção Sindical.

Em relação a esta última, é possível que as medidas de segurança adotadas – muito democráticas e tolerantes, no parecer da administradora – tivessem por objetivo assediar e criminalizar a luta dos/as trabalhadores/as, dentro de uma estratégia orquestrada a partir do Gabinete do Reitor e da Gerência para isolar essa Seção Sindical desde julho, quando ela lhes manifestou em uma reunião que iria manter uma postura beligerante frente aos cortes e à precariedade na UCM.

Do que podemos ter certeza é de que a internacionalização deste conflito sindical apenas começou, pois outras Seções da AIT já se colocaram em contato com o Sindicato de Ensino e Intervenção Social da CNT-AIT Madri para ver de que maneira podem expressar seu apoio.

INTERNACIONAL É A EXPLORAÇÃO, INTERNACIONAL É A SOLIDARIEDADE.
VIVA A INTERNACIONAL DO ANARCOSSINDICALISMO!
VIVA A AIT!

 
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